CIRC NASONI

No CIRC, se souberes procurar, ciência, magia e poesia irás encontrar







Na Escola E.B. 2/3 Nicolau Nasoni, Rua Santo António de Contumil, Porto, funciona desde 2006 o CIRC (Criado no âmbito do Projecto “Literacias na Década do Desenvolvimento Sustentável: o trabalho experimental na sua promoção” (PVI-1726). O projecto, orientado pela Universidade de Aveiro, tinha a duração de dois anos durante os quais foi financiado pelo Programa Ciências Viva.



Só com muito empenho dedicação de alguns professores, e algumas ajudas, nomeadamente da Escola e da Junta de Freguesia, o CIRC tem continuado em funcionamento.



Neste link poderão conhecer mais sobre o CIRC e, muito em particular, sobre as actividades que são levadas a cabo em 2009/2010



Destinatários do CIRC


Alunos do Agrupamento Vertical das Antas (desde o pré-escolar ao 9º ano), bem como alunos de outras escolas na mesma faixa etária



OBJECTIVOS do CIRC



- Desenvolver, desde cedo, uma literacia científica que ajude a compreender o mundo em que vivemos

- Explorar o mundo natural e social através de múltiplas vias, nomeadamente a experimentação

- Sensibilizar a curiosidade e o respeito pelo mundo que nos rodeia

- Contribuir para o crescimento integral das crianças e dos jovens, numa perspectiva multi e transdisciplinar



ACTIVIDADES que se desenvolvem no CIRC



Todas as actividades do Centro terão por base a exploração de textos literários, adequados à faixa etária a que o Centro se destina.

As crianças/jovens serão solicitados, antes da visita a ouvir e/ou ler excertos de textos. Estes textos irão ser explorados com diversas actividades experimentais durante a visita (ver costas do folheto).





NORMAS de FUNCIONAMENTO



- O Centro funciona às 5ª feiras entre as 15.00h e as 16.30h (embora possa haver alterações de ano para ano lectivo)



- O número de alunos por visita é limitado a uma turma (ou a 20 crianças no ensino pré-escolar)



- O/A Professor(a) que acompanha os alunos deverá estar presente durante toda a visita



- A visita do Centro carece de inscrição prévia



- No acto de inscrição deverão ser indicados entre outros dados, o número de alunos e o nível etário



CONTACTOS



. correio normal ( Escola EB 2/3 Nicolau Nasoni)



. e-mail (nncirc@gmail.com)



. telefone ( 22 5507902/3)



No sentido de potenciar a qualidade educativa das actividades realizadas no CIRC é solicitada a cada professor visitante a sua avaliação.



COMO SE DÁ A CONHECER O TRABALHO DO CIRC



Os alunos fazem trabalhos sobre as visitas que poderão, conjuntamente com fotos das actividades, ser expostos nas respectivas salas de aula e/ou numa exposição colectiva na Escola Nicolau Nasoni .



A partir de agora, neste link irão sendo actualizadas as informações sobre o CIRC e suas actividades







CIRC em acção 2009/ 2010

domingo, 18 de abril de 2010

No dia 15 de Abril 18 alunos do 6ºC da Escola EB2,3 Nicolau Nasoni foram ao CIRC. Este grupo, à semelhança do anterior, escolheu explorar o poema “Era uma vez… um planeta”com diversas actividades experimentais relacionadas com a luz e a cor.
À medida que íamos recordando alguns excertos do poema foram surgindo questões, experiências e conversas sobre as mesmas, com explicações sempre adequadas ao nível etário dos alunos.
Entre outras actividades projectámos um arco-íris na parede da sala, simulámos um pôr do Sol e usámos discos de Newton e espectroscópios construídos no CIRC.
As imagens mostram os alunos em actividade durante a sessão.





terça-feira, 30 de março de 2010

No dia 25 de Março estiveram presentes no CIRC 18 alunos do 6º B da Escola EB2,3 Nicolau Nasoni .
Exploraram o poema “Era uma vez … um planeta” e surgiram, entre outras, as Questões “Por que é que o Sol é uma estrela?”, “O que o distingue dos planetas?”, “Por que aparece o arco-íris?”, “Sendo a luz do sol formada por várias “cores” por que razão habitualmente não vemos essas cores?” ,”Por que é azul o céu? Por que fica vermelho ao poente?” e “Como podemos saber de que são feitas as estrelas?”.
Para dar resposta às questões foram realizadas várias actividades e explorados vários fenómenos/conceitos.
As fotos ilustram os alunos em actividade.




domingo, 21 de março de 2010

Notícias do CIRC

Desde o inicio deste ano lectivo e até à data decorreram 16 sessões do CIRC abrangendo 298 alunos, desde o pré-escolar até ao 9º ano.
Foram explorados os textos “Era uma vez … o mar”, “Era uma vez … o vento” e “Era uma vez … um planeta”.
As imagens mostram as crianças em actividade.
A partir desta data a divulgação das actividades do CIRC será feita sessão a sessão.
No dia 18 de Março estiveram presentes no CIRC 22 alunos do 7º A da Escola EB2,3 Nicolau Nasoni .
Exploraram o poema “Era uma vez … um planeta” e surgiram, entre outras, as Questões “Como se lança uma nave espacial?”, “Por que aparece o arco-íris?”, “Sendo a luz do sol formada por várias “cores” por que razão habitualmente não vemos essas cores?” e “Como podemos saber de que são feitas as estrelas?”.
Para dar resposta foram realizadas várias actividades.
As fotos ilustram os alunos em actividade.






sábado, 27 de fevereiro de 2010

Era uma vez.... um planeta


Continuando a exemplificar algumas actividades do CIRC inclui-se agora um novo poema, do livro já referido





Era uma vez ….um planeta

Era uma vez uma nave espacial, era branca e tinha riscas pretas,
viajava pelo espaço sideral, entre estrelas, planetas e cometas.
Era uma vez um extraterrestre, vindo do espaço celeste
e que, há muito, na nave viajava. Tinha um ar estranho, bizarro,
pequeno era o seu tamanho e todo ele gingava.
Tinha umas grossas melenas e usava duas antenas
que ao vento estremeciam. Os olhos mais pareciam os faróis de um autocarro.
Aterrara num lugar, junto a um imenso mar. Era uma praia dourada,
banhada por um mar manso sempre em recuo e avanço.
De início não viu mais nada. Foi então que, de repente,
surgiu bem à sua frente um menino sorridente com uns olhos cor do céu
que, segundo a mãe dizia, constantemente vivia no reino da fantasia.
Ao ver o extraterrestre todo ele estremeceu.
Mas o extraterrestre, que vinha do espaço sideral,
explicou ao menino que não lhe queria fazer mal.
Contou-lhe então o que vira na sua longa viagem.
Já tinha visto cometas e estrelas aos milhões, bem cintilantes.
Uma era o Sol à volta do qual giravam,
alguns perto, outros distantes, nove distintos planetas.
Um deles, azul safira, era tão lindo de ver que logo o extraterrestre decidiu ali descer.
Fez então uma aterragem e assim pousou na Terra cujo nome não sabia.
Foi o menino quem o esclareceu, o tal menino de olhos cor do céu
e que, segundo a mãe dizia, constantemente vivia no reino da fantasia.
Fizeram boa amizade e, em pouco mais de um segundo,
o menino embarcou na sua nave. Lá foram o menino e o extraterrestre
que tinha grossas melenas e usava duas antenas.
Foram dar a volta ao mundo.
Viram uma montanha coberta de neve e, com cuidado, pousaram ao de leve.
Dos ramos das árvores a neve pendia e a paisagem, tão bela, até entontecia.
Tudo era sereno, tudo era tranquilo, apenas avistaram um gamo e um esquilo
que na neve brincavam. Na dita montanha, já quase no cimo,
nascia um fio de água que era muito fino.
Enquanto descia, engrossava o fio até se tornar num imenso rio.
Salgueiros nas margens davam sombra calma
e peixes de prata que na água saltavam, eram, do rio, a alma.
Era um belo rio muito cristalino que corria , corria para o seu destino lá longe no mar.
E a nave sempre, sempre, a vaguear
levando o menino e o extraterrestre de aspecto bizarro
cujos olhos lembravam faróis de autocarro.
Passaram por florestas densas e por planícies extensas, por cidades com largas avenidas
e por aldeias, em montanhas perdidas. Viram navios no mar e aviões pelo ar.
Viram o deserto, de dunas coberto, era muito belo mas com pouca vida.
Só viram camelos numa caravana bastante comprida.
Viram na savana tigres, elefantes, pacatas girafas de pescoços gigantes
e também um leão. Aves aos milhares cruzavam os ares,
cobras e lagartos, rastejavam no chão. Passaram por prados cobertos de flores
e de borboletas de múltiplas cores. Num imenso charco as rãs coaxavam
e flores de nenúfar, por cima boiavam. O céu era sempre um céu diferente
mas de rara beleza, ora azul safira, ora azul turquesa, ora muito escuro, ora acinzentado, isento de nuvens ou muito nublado.
Por vezes cortava-o um arco de cor, era o arco - íris com o seu esplendor.
E a nave lá ia, nos céus vagueava levando o menino e o extraterrestre
que ao andar gingava.
Viram o sol nascente, viram o sol poente, uma maravilha sempre diferente.
Viram, estremunhada, a lua acordar e vaidosa a mirar-se num lago espelhada.
Mas o extraterrestre tinha que voltar, a hora da partida já estava a chegar.
O extraterrestre de tamanho pequeno, num voo sereno rumou ao destino
levando na nave o dito menino. Regressaram à praia de onde haviam partido
e já com saudades do que haviam vivido. Era a despedida.
Dos olhos do menino que eram cor do céu, uma lágrima tímida pelo rosto escorreu
e no extraterrestre tremiam, tremiam, as grossas melenas e as duas antenas.
Muito emocionado, pegou numa delas, deu-a ao menino.
Quando ouvires um hino que vem das estrelas, sabes que sou eu.
Comunica comigo.
Então o menino foi à beira mar encontrou uma alga da cor do luar, deu-a ao amigo.
Mesmo à despedida o extraterrestre disse para o menino:
Na minha vida fiz muitas viagens e nunca tinha visto tão belas paisagens.
Este é o planeta mais belo que eu vi e sabes porquê?
Tem água, tem ar, que permitem a vida. Se estragam a água, se estragam o ar
um dia o planeta vai-se transformar na terra do nada, uma terra perdida
onde nada se vê. Tu que és um menino e que vais crescer
cuida do planeta, antes que comece a desfalecer.
Deram um abraço, muito apertadinho e o extraterrestre lá partiu sozinho
na nave redonda, branca às riscas pretas, em busca de estrelas e de outros planetas.


Actividade

A cor do céu e do pôr do Sol

Num frasco de vidro deita água até cerca de ¾ da sua altura
Com uma lanterna potente ilumina lateralmente o frasco e vê o que acontece num alvo branco colocado por detrás do frasco.
Observa também o aspecto da água no copo
Com um conta gotas, vai deitando leite na água, gota a gota mexendo e olhando para o alvo; vai observando também o aspecto da água vista lateralmente
Vai adicionando mais leite e repetindo as observações.
Relê o título da actividade.
O que terá acontecido?

(segue-se uma explicação sempre adequada ao nível etários dos alunos)

Era Uma vez....o vento


Continuando a exemplificar algumas actividades do CIRC inclui-se agora um novo poema, do livro já referido

Era uma vez …o vento

A história do vento perde-se no tempo.
Começou há muito, muito tempo
quando começou a história do ar
de que precisamos para respirar.
Embora não o possamos ver - é transparente -
sabemos que à nossa volta está presente
.
Do mesmo modo não vemos a vidraça da janela, se limpinha,
e por isso há dias bateu nela a Joaninha
e ficou com um galo na cabeça.
Também o ar, embora não pareça,
não se consegue ver, mas está lá.

A história do vento perde-se no tempo.
Começou há muito, muito tempo
quando começou a história do ar
pois o vento não é mais do que o ar em movimento,
ora lento, ora agitado, ora brisa ou ventania,
vendaval, ou furacão, quer de noite, quer de dia,
seja Inverno seja Verão,
a soprar qual melodia, a rugir como leão.
Se vem dos lados do mar pode ter um gosto a sal,
talvez saiba a especiaria se é um vento oriental.

É assim o vento cuja história começou há muito tempo,
o vento que não é mais do que o ar em movimento
que, lento, faz os veleiros deslizar sobre o mar,
faz as velas dos moinhos lentamente girar,

os moinhos onde em farinha se transforma o grão
com que mais tarde se irá fazer o pão.

O grão, milho, trigo ou centeio,
cresce em searas verdejantes
que o vento, em longo devaneio,
faz ondular como se fossem um mar
de estranhos navegantes.
E quando as searas se tornam douradinhas,
a brisa ao passar, fá - las ondular
como cabelos de loiras princesinhas.

É assim o vento cuja história começou há muito tempo,
o vento que não é mais do que o ar em movimento,
que às vezes fustiga o rosto da Sofia e o do Paulinho
quando se deslocam para a escola, de manhã muito cedinho
no Inverno muito frio. Só de pensar, que arrepio…

A história do vento perde-se no tempo.
Começou há muito, muito tempo
quando começou a história do ar
pois o vento não é mais do que o ar em movimento
e, quando manso, pode ajudar os balões,
para-pentes, aviões, pombas, gaivotas, falcões a vaguear pelo ar.
O vento que empurra as nuvens fofinhas
que parecem de algodão,
feitas de água em gotinhas, muito mais que um milhão.
Libertas de rios e mares, pela evaporação,
em vapor sobem nos ares.
Lá bem no alto faz frio, um frio de tiritar.
O vapor passa a gotinha
e as gotinhas, bem juntinhas, formam as nuvens no ar.
Cada vez com mais gotinhas as nuvens ficam gordinhas,
por vezes ficam escurinhas
até que, de tão pesadas,
as gotas aprisionadas caem e tombam no chão.
Eis a chuva desejada para a terra ressequida,
onde é esperança de vida.
O vento que a transportou, pelo caminho, em muitas terras passou,
muitas histórias ouviu, e algumas repetiu durante a sua viagem,
bastava escutar a aragem que passava de mansinho.

É assim o vento cuja história começou há muito tempo,
o vento que não é mais do que o ar em movimento
que transporta as sementinhas longe, longe pelo ar
e assim se vão espalhar para dar novas plantinhas
aqui, ali, mais além, gerando assim novas vidas
novos frutos e sabores, novas cores e novas flores
que enchem o ar de odores que vão perfumar o vento.
No quarto da Catarina cheirava bem,
a jasmim, um odor que suaviza.
Vinha o cheiro do jardim transportado pela brisa.

Como é traquina o vento….
Brinca com as folhas no chão,
que giram como um pião e rodopiam no ar.
Bem que a Rita corre, corre, a ver se as pode apanhar….
Como é atrevido o vento….
Sobe no ar, colorido,
o papagaio de papel do Tiago Emanuel
e batem palmas de alegria os meninos lá da rua.
Mas, de súbito, a brisa transforma-se em ventania.
O papagaio de papel nunca mais alguém o viu.
Há quem diga que fugiu e anda a esvoaçar na Lua.

É assim o vento cuja história começou há muito tempo,
o vento que não é mais do que o ar em movimento.
Mas há quem estrague o ar com fumos, poluições,
são fábricas, são automóveis, motoretas, camiões.
O ar fica então zangado, e por esta e outras razões
surgem as inundações, vendavais e furacões.

Mas ao ar que é meigo, terno, não apraz um tal inferno.
E então, surge a acalmia, ao de leve acaricia os cabelos das crianças,
as flores, as ondas do mar que tão bem faz ondular
nas mais graciosas danças.

E porque gosta de ajudar lá vai o vento empurrar
nas regatas os veleiros, como outrora empurrou velas
das naus e das caravelas em que ousados portugueses,
corajosos marinheiros, por mares negros e profundos,
por entre sérios revezes, descobriram novos mundos.

É assim o vento cuja história começou há muito tempo,
o vento que não é mais do que o ar em movimento
que hoje tão bem faz girar, mesmo no cimo do monte,
as asas dos geradores que de energia são fonte,
gerando electricidade que depois vai ser usada na aldeia e na cidade.

A avó do Zé Maria contou-lhe, que lá na aldeia
quando se findava o dia, nos seus tempos de criança,
a luz era da candeia, do lampião ou da vela
cuja chama amarela, lentamente oscila e dança
enquanto desenha sombras nas paredes e no chão.
E nesse lento oscilar lança fuligem para o ar.

O ar, em movimento, gera o vento.
e sempre, sempre em movimento, não se cansa de ajudar
Vai buscar lá ao deserto, que nem sempre fica perto,
um pouquinho de ar quente, que o Sol de longe aqueceu,
para levar àquela gente que está no monte com neve,
bem mais pertinho do céu,
aonde se diz que o ar é mais puro e é mais leve…
E se entretanto repara que num outro continente a má sorte é o calor
vai levar-lhes ar fresquinho, vai buscá-lo ao pólo norte,
um bom refrigerador.

Sempre numa roda viva não se queixa de fadiga
e se está de mau humor talvez seja por que Eolo,
que dos ventos é senhor acordou mal humorado,
irado com os humanos que ao longo de muitos anos
têm feito ao ar muitos danos:
têm o ar desprezado, muitas vezes maltratado.

É assim o vento cuja história começou há muito tempo,
o vento que não é mais do que o ar em movimento.
Ainda há tempos, bem cedinho,
beijou a areia da praia e acariciou as vagas,
fez festas nos caracóis da Inês e do Pedrinho
que estavam à beira-mar
a brincar com as conchas e as algas.
Era em pleno mês de Agosto.
Sussurrou a Inês baixinho “Gosto quando tu me afagas”.
E o vento, emocionado, beijou a Inês no rosto e fugiu envergonhado.

É assim o vento, cuja história ele guarda na memória
e vai contando às estrelas, também à lua e ao sol
às baleias e às areias dos extensos areais,
às crianças e às flores, ao pequeno caracol,
aos insectos, aos pardais, às gaivotas, aos golfinhos,
a todos os seres que encontra em qualquer dos seus caminhos
por esse espaço sem fim.
Num dia em que eu estava triste, contou-me esta história a mim.

Vejamos a exploração de um excerto onde se faz referência a um submarino



Algumas Actividades

Como podemos mostrar que o ar existe?

Experiência 1

Coloca água na tina.
Puxa o êmbolo da seringa, sem agulha, até ao limite máximo.
Introduz a outra extremidade na tina com água e empurra o êmbolo.
Descreve o que observas.

Experiência 2

Enche uma garrafa com água e inverte-a numa tina também com água.
Puxa o êmbolo da seringa até ao limite máximo.
Aproxima a extremidade da seringa do gargalo da garrafa mergulhada
na água e empurra o êmbolo. Descreve o que observas.

Experiência 3

Para esta actividade dispões do material que a figura ilustra.
(suporte, um pauzinho e dois balões)
O que prevês que aconteça se encheres um dos balões
com ar? Verifica.

O que fazem as crianças no CIRC?


Todas as actividades do CIRC têm por base a exploração de textos literários,
adequados à faixa etária a que o centro se destina.
Têm sido explorados fundamentalmente os textos Era uma vez …o mar, Era uma vez … o vento, Era uma vez… um planeta ( in Gouveia, R. (2006), Era uma vez … Ciência e Poesia no Reino da Fantasia, Campo das Letras, livro que já vai na 2ª Edição, e é recomendado no âmbito do Plano Nacional de Leitura.
As crianças/jovens são solicitados a ouvir e/ou ler os textos. A partir de certos excertos são sugeridas e realizadas diversas actividades experimentais com vista à construção de alguns conceitos científicos .
Seguem-se os textos e exemplos de exploração.

Era uma vez o mar

Era uma vez um menino que brincava à beira mar
com conchinhas e areia.
Tanto brincou e correu que por fim adormeceu
e começou a sonhar com muitas, muitas histórias
que sempre ouvira contar ao seu avô marinheiro.
Sonhou com a maré cheia e que iria navegar.
Pegou na mesa da sala, pô-la de pernas para o ar
assim arranjou um barco
e, sem qualquer sobressalto, navegou para o mar alto.
Disse adeus a uma conchinha que estava ali mesmo ao lado
e à gaivota e à fragata que passaram a voar.
Era quase ao fim do dia e cheirava a maresia.
A neblina , como um véu, quase que ocultava o céu
onde a lua já espreitava, uma lua redondinha
que se espelhava no mar, que parecia de prata.
Entretanto anoiteceu, ficou escuro, não de breu,
mas o céu era estrelado. Eram milhões de estrelinhas.
Viu ao longe outras luzinhas,
eram luzes de uns barquinhos e também de um petroleiro.
Quando, enfim, amanheceu
pescadores lançavam redes para os peixes apanhar,
viu um navio cargueiro e um submarino a espreitar,
Ora afundava e subia, ora espreitava e fugia.

Viu saltar muitos golfinhos por sobre as águas do mar,
viu cardumes a nadar,
viu peixinhos pequeninos, outros grandes de pasmar.
O Sol estava muito quente, era quase meio dia,
foi dar a uma extensa praia que ele não conhecia.
Escaldava a areia ardente, nem uma brisa corria.
Mergulhou na água fria dum mar como nunca vira,
era ao mesmo tempo verde e também azul safira.
E quanto mais mergulhava mais bonito o mar ficava.
Eram peixes de mil cores, eram algas e corais,
tartarugas e anémonas, muitas outras coisas mais.
Viu um barco naufragado e com os mastros quebrados
a parecer um fantasma, de tal modo enferrujado.
Nele se prendiam algas
que mais faziam lembrar uns cabelos desgrenhados.
Pareceu-lhe ouvir um choro, talvez um triste lamento,
pensou que vinha do barco e tentou ficar atento.
Foi então que percebeu que o lamento era do mar,
que com uma voz sumida, parecia murmurar :
Aos poucos estão-me a matar com tanta poluição -
embarcações a motor, derrames de petroleiros,
causam-me fadiga e dor; sinto uma grande agonia.
Pescadores gananciosos, maldosos aventureiros
destroem bens preciosos e pescam em demasia.
Já há seres em extinção, há outros em mutação,
há corais já desbotados, há mares que estão tão salgados
que a vida já não existe: Por isso estou muito triste-
era o lamento do mar .
O menino entristeceu ao ouvir este lamento.
e tendo como testemunha o vento,
ali logo prometeu nunca poluir o mar.
Nuvens toldavam o céu por entre um sol hesitante
e eis que então apareceu um arco-íris gigante
feito de todas as cores.
Recomeçou a viagem sob uma cálida aragem
e sem um rumo a seguir ao vento se deixou ir.
Foi ter a um mar polar lá no Sul, bem nos confins.
Estava coberto de gelo. Tão bem este o protegia,
que muita vida o mar escondia.
Lá nos rochedos em volta gingavam os pinguins
e o menino a tiritar, todo cheio de tremores, resolveu dali zarpar.
No caminho viu baleias mas não encontrou sereias
de que o avô lhe falava, nas histórias sobre o mar.
A outras terras foi dar. Viu montes brancos ao sol.
Neve não podia ser pois era tanto o calor que a neve ia derreter.
Soube então que eram de sal que o sol retirou do mar
quando evaporou a água que em vapor foi para o ar.
De novo se fez ao mar e foi ter a um mar salgado
que continha tanto sal que não pôde mergulhar;
só conseguia boiar. Era um mar quase sem vida.
Lembrou-se então do lamento
que antes já ouvira ao mar e navegou contra o vento
até que a dado momento a tormenta se formou,
tão medonha era a tormenta que o menino se assustou.
O céu ficou cor de breu, raios cortavam o céu
e uns horrendos trovões ribombavam pelo ar.
Não soube onde foi parar. Valeu-lhe ter uma bússola
para assim se orientar.
Retomou de novo o rumo e com o sol mesmo a prumo
a uma ilha foi dar.
Foi então que sucedeu um estranho acontecimento.
Uns bizarros navegantes, que usavam estranhos turbantes,
contavam histórias esquisitas de mundos desconhecidos.
Eram histórias de piratas, de corsários destemidos,
histórias de especiarias, de ouro, de pedrarias,
de caravelas, de naus, e de monstros muito maus
que ao longo do mar espreitavam, causando muito terror.
Um era o Adamastor que afinal foi derrotado.
O menino, apavorado,
cheio de medo tremia enquanto as histórias ouvia.
Eram histórias de outra era, que lá na escola aprendera,
histórias de tempos distantes.
Mas que grande desatino. Estava confuso o menino
e começou a chorar.
Ao longe ouviu uma voz, que conhecia tão bem….
Parecia a voz da mãe que docemente o chamava.
Afinal onde é que estava? E aquela estranha gente?
Não percebeu de repente que tinha estado a sonhar.
Foi tudo imaginação
Afinal estava na praia, estava deitado no chão, onde o seu irmão João,
tentava os primeiros passos deixando na areia traços,
misturados com pegadas das gaivotas que pousavam
e logo a seguir voavam.
Marcas que a maré cheia mais tarde iria levar,
talvez esconder no mar.
Ainda um pouco estremunhado viu ali, bem a seu lado,
o balde azul, as forminhas, pedras e muitas conchinhas
que antes tivera juntado.
Veio-lhe à mente , então, que antes de adormecer
tinha pensado fazer uma grande construção.
No balde foi buscar água e começou a moldar
um castelo à beira-mar com uma torre e ameias,
tudo feita com as areias, conchas e muitas pedrinhas
que conseguira arranjar.
Vejamos a exploração de um excerto onde se faz referência a um submarino

Actividade
Como funciona um submarino?
O dispositivo que tens á tua frente é um ludião e ilustra a o funcionamento de um submarino
Observa como funciona.
Com o material de que dispões tenta construir um ludião.


(O material essencial é um frasco de vidro, um outro frasquinho de vidro pequenino, um pedaço de balão, um elástico, água)